Símbolo da boemia carioca, Cervantes de Copacabana reabre após quase 2 anos

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Fachada do Cervantes de Copacaba, reaberto no fim de 2022 Fabio Wright

Por Fabio Wright , colaboração para o Viagem & Gastronomia

Fundado em 1955 e um dos principais símbolos da boemia carioca, o Cervantes de Copacabana foi uma das baixas mais sentidas na pandemia. Deixou sua clientela órfã dos lendários sanduíches, dos pratos fartos e nostálgicos e sobretudo de um dos mais clássicos fim-de-noite do Rio de Janeiro.

Coube ao empresário Antônio Rodrigues, da rede Boteco Belmonte, a tarefa de botar o Cervantes novamente de pé. Antes disso, ele já havia injetado ânimo em outros dois centenários endereços cariocas que estavam combalidos — o Amarelinho, na Cinelândia, e o Nova Capela, na Lapa.

Fechado em março de 2021, o Cervantes de Copa reabriu as portas no fim de novembro felizmente sem mudanças na configuração original.

Permaneceram quase intactos o notívago balcão voltado para a calçada na rua Barata Ribeiro e o salão do restaurante, com entrada pela avenida Prado Júnior, virando a esquina, que ganhou um punhado de mesinhas na calçada.

As empanadas do Belmonte também são servidas na casa / Fabio Wright

O sanduíche de pernil ganhou novas versões e um outro pão, mas segue tão tentador como no passado, com a carne suculenta e as indispensáveis fatias de abacaxi em calda. Agora, é possível incrementá-lo com queijos bola (R$ 39) e de ovelha (R$ 52) e com queijo brie, rúcula e cebola caramelizada (R$ 45), o que alguns podem caracterizar como um “raio gourmetizador”.

O famoso sanduíche de pernil com fatias de abacaxi em calda / Fabio Wright

Chegaram ao balcão também, para rivalizar com os sanduíches, as já célebres empadas abertas do Belmonte (R$ 23 cada uma), com recheios de camarão com catupiry, carne-seca com catupiry e siri desfiado.

No restaurante, alegram a clientela aquelas velhas e boas receitas, como o filé à oswaldo aranha (coberto por alho frito; R$ 159, para dois) e o filé crocante (empanado) acompanhado de arroz maluco (R$ 49, individual).

Filé crocante acompanhado de arroz maluco / Fabio Wright

Para felicidade geral da nação, o horário de funcionamento do Cervantes Copacabana manteve seu DNA notívago. As madrugadas são embaladas pelo bem tirado chope (Brahma, R$ 10) e, graças aos vizinhos Galeto Sat’s e Bar do David, o burburinho não para antes do sol raiar nas sextas e sábados.

Cervantes Copacabana: Av. Prado Júnior, 335, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ / Telefones: (21) 3085-6065 e (21) 3085-6045 / WhatsApp: (21) 97075-1490 / Horário de funcionamento: segunda a domingo, das 11h às 5h.

*Os textos publicados pelos Insiders e Colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do CNN Viagem & Gastronomia.

Sobre Fábio Wright

Fabio Wright é jornalista gastronômico e nome por trás do site e perfil Taste and Fly / Divulgação

Jornalista paulistano que transita semanalmente entre São Paulo e Rio, já escreveu sobre gastronomia para grandes veículos, como Veja São Paulo, O Estado de S. Paulo e Época São Paulo. Nos últimos dez anos, visitou dezoito países em busca de bons lugares para comer, beber, badalar e exercitar a boemia. Compartilha também suas descobertas no site e Instagram Taste and Fly.

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Saiba quais são os passaportes mais aceitos pelo mundo neste ano de 2023

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Saiba quais são os passaportes mais aceitos pelo mundo em 2023 Getty Images

Por Maureen O’Hare , da CNN

Um trio de passaportes asiáticos oferece aos seus titulares maior liberdade de viagem global do que qualquer outro país, de acordo com um novo relatório trimestral divulgado pela empresa de consultoria de residência e cidadania global, com sede em Londres, Henley & Partners.

Os cidadãos japoneses desfrutam de acesso sem visto ou sob demanda a um recorde de 193 destinos em todo o mundo, logo à frente de Cingapura e da Coreia do Sul, cujos cidadãos podem visitar livremente 192.

E agora que a Ásia está se abrindo pós-Covid, é mais provável que seus cidadãos voltem a usar essa liberdade para viajar.

As viagens globais estão agora em cerca de 75% dos níveis pré-pandêmicos, de acordo com o último lançamento do Henley Passport Index , que é baseado em dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Abaixo dos três primeiros colocados asiáticos, um rol de países europeus está próximo ao topo da tabela de classificação. Alemanha e Espanha estão empatadas em 190 destinos, seguidas por Finlândia, Itália e Luxemburgo em 189.

Depois, há Áustria, Dinamarca, Holanda e Suécia, todos empatados em quinto lugar, enquanto França, Irlanda, Portugal e Reino Unido estão em sexto lugar.

Nova Zelândia e Estados Unidos aparecem na 7ª posição, ao lado de Bélgica, Noruega, Suíça e República Tcheca.

Cidadãos afegãos estão mais uma vez no final do índice e podem acessar apenas 27 países sem a necessidade de visto prévio.

Outros índices

A lista da Henley & Partner é um dos vários índices criados por empresas financeiras para classificar os passaportes globais de acordo com o acesso que eles fornecem aos seus cidadãos.

O Henley Passport Index classifica 199 passaportes de acordo com o número de destinos que seus titulares podem acessar sem visto prévio. Ele é atualizado em tempo real ao longo do ano, conforme e quando as mudanças na política de vistos entram em vigor.

O Índice de Passaportes da Arton Capital leva em consideração os passaportes de 193 países membros das Nações Unidas e seis territórios — ROC Taiwan, Macau (SAR China), Hong Kong (SAR China), Kosovo, Território Palestino e Vaticano. Excluem-se os territórios anexados a outros países.

Também é atualizado em tempo real ao longo do ano, mas seus dados são coletados por meio de um monitoramento próximo dos portais de cada governo.

É uma ferramenta “para pessoas que viajam, para fornecer informações precisas e de fácil acesso para suas necessidades de viagem”, disse o fundador da Arton Capital, Armand Arton, à CNN em dezembro.

O Global Passport Power Rank 2023 da Arton coloca os Emirados Árabes Unidos no primeiro lugar, com uma pontuação de isenção de visto para 181 países.

Quanto ao segundo lugar, este é ocupado por 11 países, a maioria dos quais na Europa: Alemanha, Suécia, Finlândia, Luxemburgo, Espanha, França, Itália, Holanda, Áustria, Suíça e Coreia do Sul.

Os Estados Unidos e o Reino Unido estão em terceiro lugar, ao lado de Dinamarca, Bélgica, Portugal, Noruega, Polônia, Irlanda e Nova Zelândia.

Os melhores passaportes para ter em 2023, de acordo com o Henley Passport Index:

  1. Japão (193 destinos)
  2. Cingapura, Coreia do Sul (192 destinos)
  3. Alemanha, Espanha (190 destinos)
  4. Finlândia, Itália, Luxemburgo (189 destinos)
  5. Áustria, Dinamarca, Holanda, Suécia (188 destinos)
  6. França, Irlanda, Portugal, Reino Unido (187 destinos)
  7. Bélgica, Nova Zelândia, Noruega, Suíça, Estados Unidos, República Tcheca (186 destinos)
  8. Austrália, Canadá, Grécia, Malta (185 destinos)
  9. Hungria, Polônia (184 destinos)
  10. Lituânia, Eslováquia (183 destinos)

Os piores passaportes para manter em 2023, de acordo com o Henley Passport Index (que permitem acesso sem visto em 40 ou menos países):

  1. Coreia do Norte (40 destinos)
  2. Nepal, território palestino (38 destinos)
  3. Somália (35 destinos)
  4. Iêmen (34 destinos)
  5. Paquistão (32 destinos)
  6. Síria (30 destinos)
  7. Iraque (29 destinos)
  8. Afeganistão (27 destinos)

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10 hotéis testados e aprovados no Brasil que valem a estadia – e a viagem!

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Por Daniela Filomeno, do Viagem & Gastronomia

Vários são os predicados que podemos associar ao nosso país. Vasto, diverso e “bonito por natureza”, como canta Jorge Ben Jor em “País Tropical”, são apenas alguns deles.

E qual a melhor maneira de ver tudo isso com os próprios olhos e de quebra conhecer destinos nacionais incríveis? Um dos caminhos é se hospedar em hotéis que unem sofisticação, acolhimento, boa gastronomia e serviços atenciosos.

E nossa rede hoteleira dá conta do recado. De norte a sul, propriedades com diferentes propósitos nos apresentam possibilidades surpreendentes.

Que tal se hospedar num hotel de selva no meio da Amazônia e ainda ajudar a fortalecer a comunidade local? Ou ainda passar um final de semana num personagem icônico do Rio de Janeiro, o Copacabana Palace?

Começo 2023 compartilhando 10 hotéis pelo nosso Brasil que já visitei e fazem bonito na hora de nos receber, aquela lista para deixar nos favoritos e conhecer um a um.

Com estes hotéis no seu roteiro, também instigo você a descobrir as maravilhas que o próprio destino nos oferece. De malas prontas?

Carmel Taíba Exclusive Resort (Praia da Taíba, São Gonçalo do Amarante, CE)

Quer aproveitar o paraíso? O Carmel Taíba é o lugar certo. Localizado na vila de pescadores da Praia do Taíba, a 75 km de Fortaleza, o hotel nos oferece uma estadia intimista e personalizada em meio a uma bela paisagem cearense marcada por coqueiros e o mar ao fundo – o pôr do sol é um show à parte.

As 36 acomodações são divididas em vilas que variam de 80 a 260 m² – 24 delas possuem piscinas privativas, algumas inteiras de vidro e superfotogênicas. A maior é a Vila Nordestina Carmel, que conta com localização estratégica, piscina, jacuzzi e sauna exclusivas.

Mas destaco que todos os quartos possuem uma característica comum: vista deslumbrante para o mar ou para a vegetação nativa.

Sossego e sofisticação andam lado a lado no hotel, que ocupa 20 mil m² em cima de um rochedo na ponta da praia.

Piscina de borda infinita, estrutura de madeira ligada à natureza e experiências que vão de passeios de buggy nas dunas locais até café da manhã servido numa barca na piscina são alguns dos atrativos que deixam nossa experiência ainda mais rica.

Rua Cap. Inácio Prata, 900 – Taiba, São Gonçalo do Amarante – Ceará / Tel.: (85) 3266-6170 / Reservas: reservas@carmeltaiba.com.br

Kenoa (Barra de São Miguel, AL)

Refúgio luxuoso, santuário privado e um dos resorts mais exclusivos do Brasil. Esses são apenas alguns dos nomes que podemos dar ao Kenoa, em Barra de São Miguel, a uma horinha de Maceió (cerca de 53 km do Aeroporto Zumbi dos Palmares).

Cercado por cenários de Mata Atlântica e posicionado de frente para o mar azul, o hotel fica num dos cantos mais tranquilos do Nordeste, onde o luxo é definido pela beleza natural.

As 23 acomodações “eco-chic” com paredes de alvenaria variam de 45 a 200 m² e são divididas em cinco categorias de suítes e villas, umas com ofurô na varanda e outras com piscinas de borda infinita aquecidas por energia solar – mas todas com vistas para o mar.

O Kaamo é o restaurante do hotel, que é comandado pelo chef César Santos e fica no centro do resort com vista para as águas.

Além da praia, o spa nos ajuda a relaxar com seus conceitos de bem-estar. Passeios de barco pela Barra de São Miguel e suas ilhas também são experiências imperdíveis. Aulas de kitesurf e até visita em canoas a um criatório de ostras com degustação diretamente da água são outras opções.

Rua Escritor Jorge de Lima, 58 – Barra Mar, Barra de São Miguel – Alagoas / Tel.: (82) 98812-1000 e (82) 3272-1285 / Reservas via site.

Ponta dos Ganchos Exclusive Resort (Governador Celso Ramos, SC)

A menos de 40 minutos de Florianópolis fica este que já foi considerado o hotel mais romântico do Brasil e o melhor hotel de praia da América do Sul.

Notamos que todo o cenário do Ponta dos Ganchos é rodeado por uma impressionante natureza, onde desconexão e romance são palavras de ordem. Situado numa península particular, o hotel isolado é ótima opção para casais, em que tem praia e ilha particulares e gastronomia de alta qualidade.

Os 25 bangalôs são afastados uns dos outros e variam de 80 a 310 m². São seis categorias, em que todos têm arquitetura rústica, detalhes luxuosos e vistas diretas para o mar.

No lazer, opções diárias de esportes náuticos, como stand-up paddle, canoa, snorkeling e mergulho fazem parte da lista. Para relaxar ainda mais, o spa é um oásis, com uma belíssima vista para as águas e menu de tratamentos revigorantes e massagens desintoxicantes.

A cozinha também é destaque, em que o chef José Nero busca trazer técnicas contemporâneas que valorizam a culinária regional. Além de sua extensa carta de bebidas que inclui vinhos e destilados dos mais apurados, além de uma produção própria de cachaças, sob o controle da Adega Scherer, com mais de 100 anos de atuação familiar, e de vinho produzido pela Fattoria Lavaccio em Pontasieve (Toscana-Itália).

Rua Eupídio Alves do Nascimento, 104 – Governador Celso Ramos, Santa Catarina / Tel.: (48) 3262-5000 / Reservas via site.

Saint Andrews (Gramado, RS)

O friozinho brasileiro também nos reserva acomodações dignas de realeza. E a dica é o Saint Andrews, na charmosa cidade gaúcha de Gramado, que foi inspirado em castelos escoceses.

Privacidade e requinte são palavras que fazem sentido desde a chegada. O hotel possui apenas 11 quartos, cada um com decoração única e com nomes de pedras preciosas.

Dentro de um condomínio particular, o hotel nos reserva belas vistas do Vale do Quilombo, especialmente a partir de seu jardim.

Logo notamos que o hotel prima pela exclusividade: as refeições são adaptadas às preferências dos hóspedes e o clima para lá de intimista também é encontrado nas dependências, onde temos adega gourmet, restaurante de cinco mesas com grandes lustres, biblioteca e gazebo.

Na seara do lazer, academia, jardins, saunas e spa estão disponíveis, além de piscina aquecida inspirada em antigas termas romanas – pacotes de day use também podem ser personalizados.

Rua das Flôres, 171 – Vale do Bosque, Gramado – Rio Grande do Sul / Tel.: (54) 3295-7700 / Reservas via site.

Botanique Hotel & Spa (Campos do Jordão, SP)

Assim como o Saint Andrews, se prefere dar aquela escapada para um refúgio de montanha, mas desta vez próximo de São Paulo, a dica é o Botanique Hotel & Spa, em Campos de Jordão, no coração da Serra da Mantiqueira.

O silêncio impera nas redondezas, fato potencializado pela Mata Atlântica e a arquitetura que incorpora grandes pedras naturais, paredes de vidro e muita madeira.

Uma horta envolve a propriedade, de onde são retirados os insumos servidos no restaurante, de menu brasileiro e orgânico baseado no conceito “do campo para a mesa“. A carta de vinhos prioriza pequenos produtores.

São sete acomodações principais e outras 13 villas individuais espalhadas pelo terreno, que conta ainda com quadra de tênis, spa com sauna seca e a vapor com “chuva” da floresta tropical e piscina isotônica.

Sete nascentes de água fazem parte da propriedade, de onde podemos experimentar água mineral – uma estação de tratamento ainda devolve água limpa à natureza.

Importante ressaltar que o hotel está em reforma entre 10 de janeiro e 15 de março e que, recentemente, recebeu um aporte para dobrar de tamanho.

Rua Elídio Gonçalves da Silva, 4000 – Bairro dos Mellos, Campos do Jordão – SP / Tel.: (12) 3662-5800 / Reservas via WhatsApp e e-mail: reservas@botanique.com.br

Belmond Copacabana Palace (Rio de Janeiro RJ)

Impossível falar do Rio de Janeiro e não citar o Copacabana Palace. Hotel mais icônico da Cidade Maravilhosa, ele completa neste ano um século de vida – e continua como um agitador cultural vivíssimo.

Desde 1923 o hotel recebe figuras emblemáticas do mundo inteiro, em que já passaram pelos seus corredores de Princesa Diana a Madonna.

Localizado na Avenida Atlântica, na praia de Copacabana, o Copa, como é carinhosamente chamado, é o local para ver e ser visto apreciando uma caipirinha na piscina mais famosa da cidade – se estiver hospedado no sexto andar terá acesso à black pool, ainda mais privativa e cobiçada.

As características Art Déco da fachada continuam preservadas e seus 239 quartos e suítes mantêm o luxo clássico do hotel. Com toda sua bossa, a gastronomia de seus restaurantes é destino certo dos amantes da boa mesa.

Dois dos três restaurantes são coroados com uma estrela Michelin: o Cipriani, de sotaque italiano que é comandado pelo talentoso Nello Cassese, e o Mee, cuja cozinha serve uma incomparável fusão pan-asiática, com traços culinários da Tailândia, Vietnã, Camboja, Japão e Coréia, entre outros.

Spa, quadra de tênis, tours personalizados pelas principais atrações do Rio e seus eventos periódicos nos 13 salões completam as ofertas irresistíveis.

Avenida Atlântica, 1702 – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ / Tel.: (21) 2548-7070 / Reservas via site e e-mail: reservations.brazil@belmond.com

Hotel Parador (Cambará do Sul, RS)

O Parador é como uma joia entre os cânions de Cambará do Sul, em que as acomodações são atrações à parte. Inspirado nos lodges africanos, foi construído sob o conceito de glamping, ou seja, como um acampamento sofisticado na natureza.

Próximo aos parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, temos 21 diferentes opções de acomodações divididas em casulos, bangalôs, barracas, suítes e um chalé, todas com lindas vistas para o verde da região.

Mas quem rouba a cena são os casulos: aconchegantes e charmosos, eles possuem 24 m² e a ideia é que nos sintamos integrados à natureza. Lareira elétrica e hidromassagem dão um toque ainda mais acolhedor à atmosfera especial e amena.

Experiências em meio à natureza também são oferecidas: há passeios a cavalo, de bicicleta e quadriciclo pela fazenda, além de trekking e caça aos cogumelos.

Por falar em comida, a gastronomia é assinada pelo chef Rodrigo Bellora, que comanda ali o restaurante Alma, de menu sazonal com criações que saem do calor do fogo a lenha.

Estrada do Faxinal, RS 427 – Morro Aguo, Cambará do Sul – Rio Grande do Sul / Tel.: (54) 3295-7525 / Reservas via site .

Juma Ópera Hotel (Manaus, AM)

Abrir a janela e dar de cara com a imponente cúpula e os tons rosados do Teatro Amazonas é apenas uma das experiências que o Juma Ópera nos proporciona.

Bem ao lado do emblemático teatro, dois casarões antigos remodelados e tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) formam o hotel-boutique no centro da capital amazonense.

Ao todo são 41 quartos espaçosos com proteção acústica, em que a maioria tem vista direta para o imponente cartão-postal. O calor úmido é um convite para nos refrescarmos na piscina no rooftop, que conta com vista deslumbrante para o teatro e para as principais atrações do centro.

O restaurante Ópera fica dentro de uma estrutura de vidro e ferro, em que a cozinha é dedicada à gastronomia regional com pitadas da culinária indígena. Espere então por preparos com pirarucu, tucunaré, jambu, açaí e cupuaçu, por exemplo.

Bar, academia e lounge completam a estrutura, em que a localização é ideal para descobrirmos o centro a pé.

Rua 10 De Julho, 481 – Centro, Manaus – Amazonas / Tel.: (11) 3030-7617 e 3030-7618 / Reservas via e-mail: reservas.opera@jumahoteis.com.br

Anavilhanas Jungle Lodge (Novo Airão, AM)

Se uma imersão na Amazônia estiver entre seus planos, então o Anavilhanas Jungle Lodge é estadia obrigatória. A 180 km de Manaus, às margens do Rio Negro, ele é um refúgio exclusivo na selva em frente ao Parque Nacional de Anavilhanas.

Construído em madeira, o hotel fica camuflado em meio à mata. Digo que ficar aqui é como uma verdadeira imersão na floresta, onde a varanda até o banheiro ficam ao lado da vegetação.

Divididos em chalés, bangalôs e panorâmicos, cada quarto corresponde a um animal e são como casas na árvore, em que são bem iluminados e possuem de tons brancos mesclados com a madeira.

A área comum tem piscina de borda infinita, biblioteca, academia, redário, um mirante de 13 metros de altura e deque flutuante no rio. A internet está inclusa, mas funciona nas áreas comuns e pode oscilar – já que estamos literalmente no meio da floresta.

A gastronomia também é ponto alto: as refeições exaltam ingredientes locais, logo, arroz de pato com tucupi, ceviche de tucunaré e mil folhas de cupuaçu são algumas pedidas deliciosas.

Vale ressaltar que os pacotes – de no mínimo duas noites – contemplam transfers terrestres a partir de Manaus, pensão completa e passeios personalizados pelas redondezas.

Rodovia AM 352, Km 1 – Igarapé do Monteiro, s/número, Novo Airão – Amazonas / Tel.: (92) 3622-8996 e (92) 98833-1947 (WhatsApp) / Reservas via e-mail: reservas@anavilhanaslodge.com

Nannai Noronha Solar dos Ventos (Fernando de Noronha, PE)

Praias dentre as melhores do mundo, visuais arrebatadores e hospedagens aconchegantes fazem de Fernando de Noronha um arquipélago obrigatório no nosso roteiro de próximas viagens.

Em meio a tudo isso fica o Nannai, pousada boutique com apenas oito bangalôs e dois apartamentos, todos com vista para o mar.

A arquitetura foi desenhada para que pudéssemos olhar o oceano de cada cantinho, seja da piscina de borda infinita ou da área social. Já os interiores combinam peças de renomados designers com as de artesãos brasileiros.

Em matéria de gastronomia, podemos saborear peixes frescos, frutos do mar e moquecas, assim como há opções de carne vermelha e preparos veganos. Sempre que possível, o conceito “farm to table” também se faz presente por aqui.

O Nannai fica a 400 metros da Baía do Sueste, que faz parte do Parque Nacional Marinho, onde podemos explorar a natureza vasta, mergulhar com tartarugas marinhas e visitar o Forte de São Joaquim.

Rodovia BR-363 – Vila Do Sueste, Fernando de Noronha – Pernambuco / Tel.: (81) 3552-0100 / Reservas via e-mail: reservas@nannai.com.br

Uma ilha, dois países: o paraíso caribenho onde França e Holanda se encontram

Não é todo dia que é possível visitar dois países numa mesma tarde, mas em Saint Martin (ilha de São Martinho, em Português), passar da Holanda para a França em poucos minutos é tarefa fácil.

Por Saulo Tafarelo do Viagem & Gastronomia CNN

Isso porque a pequena ilha caribenha de pouco mais de 95 km² é dividida em dois países independentes.

St. Martin, no norte, é francês e corresponde a uma coletividade ultramarina da República da França; já St. Maarten, no sul, é holandês, sendo um país do Reino dos Países Baixos.

Apesar das diferenças relacionadas às línguas, culturas, oferta de hotéis e vida noturna, ambos os territórios comungam de uma mesma maravilha: as águas cristalinas do mar do Caribe, que aqui ganham tons de azul turquesa ainda mais especiais.

As 37 praias da ilha facilitam a tarefa de relaxar nas areias junto de banhos de mar demorados e são onde o verdadeiro dolce far niente reside – ou melhor, o joie de vivre!

Os turistas, a maioria norte-americanos, franceses, holandeses e de outros cantos da Europa, procuram Saint Martin principalmente quando o frio dá as caras no Hemisfério Norte.

Eles trocam os casacos por sungas e biquínis de novembro até o começo de abril, a alta temporada. Mas não se preocupe, pois independente da época, a ilha registra entre 25°C e 32°C o ano todo.

Vizinha de Anguilla, ilha menos agitada e refúgio de celebridades, Saint Martin pode ser acessada pelos brasileiros via conexão no Panamá – trajeto mais comum e que desembarca no Aeroporto Internacional Princesa Juliana, uma atração à parte.

Pousar em Saint Martin já é uma experiência por si só. Principal porta de entrada para a ilha, o Aeroporto Internacional Princesa Juliana (SXM) figura nas listas dos aeroportos mais famosos e peculiares do mundo.

O motivo? A pista fica a pouquíssimos metros da areia da praia.

Todos os dias, turistas se agrupam em Maho Beach para testemunhar de perto os grandes aviões que aterrissam a poucos metros de suas cabeças, ou ainda experimentar as fortes rajadas de vento causadas pelos motores a jato na hora da decolagem.

Tanto o aeroporto como Maho Beach ficam no lado holandês da ilha, sendo a praia um dos pontos turísticos imprescindíveis no roteiro – afinal, quem não fica seduzido a tirar uma foto para lá de instagramável com águas cristalinas ao fundo e enormes aviões ao centro?

Vale ressaltar que o lado francês também possui um aeroporto, o Grand Case-Espérance Airport, mas que é muito menor e opera voos regionais para outras ilhas.

Fato interessante é que, diferente de outros países do mundo, a fronteira entre os dois lados é apenas simbólica, ou seja, não há controle militar nem aduaneiro na linha que separa os territórios.

Não muito longe do aeroporto Princesa Juliana, um pequeno obelisco de 1948 é a construção que simboliza a divisão entre as áreas, onde bandeiras da França e da Holanda ficam hasteadas em suas devidas marcações.

Uma linha na estrada ajuda a dar a dimensão de qual lado é qual e é oportunidade única de pisar em dois países ao mesmo tempo.

As diferenças entre os dois lados, porém, não param por aí.

Enquanto o lado holandês é conhecido por abrigar uma vida noturna agitada, com bares, clubes e entretenimento para maiores de idade, o lado francês leva fama por ser o refúgio gastronômico da ilha, em que é lar de cerca de 150 restaurantes.

Além disso, as diferenças arquitetônicas são notáveis: enquanto St. Maarten possui prédios e grandes resorts, St. Martin reserva construções menores e hotéis que variam entre 30 a 40 acomodações.

A capital e maior cidade da parte francesa é Marigot, conhecida por seu centrinho com marina charmosa, lojinhas, restaurantes e onde a língua francesa é dominante junto ao inglês.

As outras localidades não são consideradas propriamente como cidades, mas sim como vilarejos e regiões.

O mesmo vale para a porção holandesa, que tem Philipsburg como capital e onde se fala mais o inglês, apesar da língua oficial ser o neerlandês.

De fato, com seus resorts e cassinos, nota-se que este lado da ilha seja mais “americanizado” que o outro

Aqui também fica o porto, onde grandes transatlânticos de passagem pelo Caribe atracam e abrem as portas para turistas conhecerem a ilha por um dia, os quais se animam também com as lojas duty free, ou seja, que não cobram certos impostos.

Enquanto 35 mil pessoas vivem no território francês, o lado holandês contabiliza aproximadamente 40 mil indivíduos. Mais de 120 nacionalidades convivem na ilha, fazendo deste pequeno pedaço de terra um verdadeiro caldeirão cultural.

E mesmo hospedado de um lado, explorar o outro é quase obrigatório. Se isso está nos seus planos, alugar um carro então é indispensável.

Isso porque, além de ser mais em conta para o turista, o transporte público não dá conta do recado e tudo depende da locomoção terrestre – em que uma única estrada corta praticamente toda a ilha.

Mas fique atento, pois mesmo numa área diminuta, o trânsito se faz presente nos horários de pico, principalmente nas entradas e saídas do trabalho e das escolas.

Em relação ao dinheiro, o euro é a moeda oficial do lado francês enquanto o florim é a moeda do lado holandês, mas o dólar, usado aqui de um para um para o euro, é aceito em toda a ilha.

A gastronomia encontra eco em St. Martin, porção francesa, onde pratos clássicos do país europeu são apreciados em restaurantes mais sofisticados, leia-se sopa de cebola gratinada, tartare, lagosta, escargot, foie gras e crêpe suzette, por exemplo.

Já a alma caribenha aparece nas casas mais populares e tradicionais com herança crioula, em que pratos saborosos utilizando peixes, frutos do mar, arroz e grãos são vendidos a preços mais acessíveis.

Segundo Leo Saintil, chef executivo do Villa Royale, restaurante na região de Grand Case que serve comidas caribenhas com toques franceses, a cozinha crioula trabalha com o mar e a terra.

Tais sabores podem ser conferidos nos lolos, barraquinhas locais geralmente enfileiradas, com mesas e cadeiras, onde a verdadeira comida do dia a dia é servida a preços mais acessíveis.

As duas principais localizações dos lolos ficam no centrinho de Marigot, próximo ao mercado de rua local, e na rua principal de Grand Case. A dica é escolher o lolo que mais lhe apetece, sentar e pedir a cerveja local, a SXM, ou um ponche de frutas para acompanhar as pedidas e curtir o calor.

Os pratos variam de peixes locais grelhados, como mahi mahi, grouper e snapper, assim como ensopado de rabo de boi, caramujos (grelhados ou em bolinhos fritos), salada de lagosta, frango ensopado e preparos com camarões.

Os principais, que custam em média entre 12 e 18 euros, vêm acompanhados de arroz com ervilhas e batatas fritas.

Para uma verdadeira experiência caribenha, peça também o tradicional Johnny Cake, massinha frita achatada que acompanha qualquer refeição, e os acras de morue, que se assemelham a bolinhos de bacalhau fritos e são perfeitos como entradinhas.

Para refeições mais refinadas, separe tempo para o jantar: as regiões de Grand Case e Orient Bay concentram alguns dos melhores restaurantes. Mas fique atento aos horários, já que o comércio costuma fechar cedo e os restaurantes funcionam até um pouco mais tarde.

Em Grand Case, tente uma mesa no Le Pressoir, eleito um dos melhores restaurantes do Caribe por publicações locais especializadas. Da cozinha saem pratos bem apresentados da culinária francesa com influências caribenhas.

Já o Ocean 82, no boulevard de Grand Case, é restaurante à beira da água que é boa escolha para celebrações. Entre as pedidas, lagostas saídas direto do tanque da porta de entrada ou ainda panela com peixes e frutos do mar (vieiras, lagosta, mahi mahi e mexilhões) num molho cremoso (€33) figuram entre os destaques.

Pela manhã, bom lugar para tomar café é o Sunset, restaurante do hotel Grand Case Beach Club. Com vistas excepcionais, o restaurante avança no mar, em que as cores ficam lindas principalmente com os raios solares da manhã.

Do cardápio, ovos mexidos e beneditinos, crepes, bagels e croissants se destacam junto de combinações fixas, que variam de €8 a €21 e vêm com bebida quentes, suco, pães, saladas de frutas e combinações de ovos.

Já Orient Bay, que abriga uma das praias mais famosas da ilha, é lar do L’Astrolabe, que tem menu fixo a €56 com direito a entrada ou sopa, prato principal e sobremesa. Apenas às sextas a casa oferece lagosta que entra como prato principal do menu fixo – para a sobremesa, aposte no crepe suzette.

Não muito longe dali, já mais próximo da entrada da praia, fica o Sao, casa arejada com pratos de influências japonesas, vietnamitas e tailandesas. Combinados de sushis, nigiris e rolls são sugestões ao lado de pratos como pad thai (€22 com camarões), curry vermelho com leite de coco e arroz jasmim (€22) e tartare de mahi mahi (€22).

Conhecido como o “mais chique de St. Martin”, considere o La Villa Hibiscus na sua lista. Comandado pelo chef belga Bastian Schenk, com passagem por casas de Joel Robuchon, o restaurante fica no hotel de mesmo nome na área de Mont Vernon e tem uma cozinha aberta para acompanhar a ação dos funcionários.

Eleito o melhor restaurante de St. Martin na categoria de casas refinadas no Festival de la Gastronomie, a casa serve três menus-degustação, que vão de cinco a oito tempos e custam entre €110 e €230. A casa funciona mediante reservas no almoço e jantar entre terça e sábado.

E esteja preparado, pois, independente do restaurante, todas as refeições terminam com um shot de rum.

Para aquecer ainda mais seu cenário gastronômico, o lado francês promove há dois anos um festival de gastronomia no mês de novembro, mês que marca o início da alta temporada na ilha.

A segunda edição, entre 11 e 22 de novembro de 2022, viu 60 restaurantes criarem pratos e drinques especiais com um ingrediente comum, a banana-da-terra, que foi escolhida justamente por ser um ingrediente ordinário no dia a dia caribenho a fim de colocá-lo em criações diferenciadas.

Segundo Valérie Damaseau, presidente do escritório de turismo de St. Martin, a última edição foi importante para trazer a verdadeira populacão que entende da culinária da ilha para perto.

“No primeiro ano do festival jogamos luz à culinária da ilha. Mas nesta segunda edição tivemos a oportunidade de destacar nossos homens e mulheres que fazem churrascos, por exemplo”, cita a presidente em relação a esta importante tradição caribenha.

Além da movimentação nos restaurantes, o centro de Marigot inaugurou uma vila com barracas de cozinheiros locais.

Shows, produtinhos regionais, competições e aulas de culinária por chefs internacionais, como o brasileiro Rafael Pires, do MIA Restaurante, em Tiradentes (MG), completaram a experiência. Para 2023, uma terceira edição está confirmada para o mesmo período.

É claro que no Caribe as praias são os pontos mais cobiçados pelos turistas – nem é preciso dizer que as areias são brancas, as águas cristalinas e os cenários dignos de filme.

A boa notícia é que as 37 praias de Saint Martin dispersam os turistas, que têm nas mãos várias opções de acordo com o humor do dia. De praias escondidas até nudistas, opções não faltam e, geralmente, não aglomeram muitas pessoas.

Antes de acomodar a cadeira, uma das melhores maneiras de conhecer a ilha e suas águas hipnotizantes é a bordo de uma embarcação privada.

A companhia Pyratz é uma das mais recomendadas em passeios marítimos gourmet a bordo de um catamarã, em que oferece serviços caprichados em alto-mar o dia inteiro com direito a beliscos, drinques, champagne, prato principal e sobremesa.

Por US$1.900 para quatro pessoas (cerca de R$10 mil na atual cotação) é possível navegar ao longo do dia (entre 8h e 17h) com comidas e bebidas alcoólicas inclusas, além de paradinhas estratégicas para mergulhos em praias menos movimentadas, como Long Bay e na ilha desabitada de Tintamarre.

Quando o barco é compartilhado com outras pessoas – até no máximo oito – o mesmo passeio sai por US$ 325 cada (cerca de R$1.700).

A seguir, confira uma seleção de algumas das melhores praias da ilha além da famosa e turística Maho Beach:

Para finalizar o dia, o pôr do sol no Fort St. Louis é sem comparação, mirante que data de 1789 no topo de Marigot e que, no passado, protegia o local de potenciais invasões. Com vista panorâmica para o entorno, prepare-se para os cliques – e não se esqueça de aproveitar o momento.